quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Como Diagnosticar e Tratar
Disfunção erétil
Erectile dysfunction

Alexandre Soares Grieco
Urologista da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
Fabiano André Simões
Professor assistente doutor do Serviço de Urologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
Tiago Moura Rodrigues
Urologista da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
Lísias Nogueira Castilho
Professor livre-docente e chefe do Serviço de Urologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
Recebido para publicação em 09/2008.
Aceito em 10/2008.

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Todos os direitos reservados.

RBM Dez 08 V 65 N 12

Indexado na Lilacs sob nº: S0034-72642008001300008

Unitermos: disfunção erétil, impotência.
Unterms: erectile dysfunction, impotence.

Numeração de páginas na revista impressa: 55 à 73

Resumo


A disfunção erétil (DE), outrora denominada erroneamente de impotência sexual, é um problema bastante comum e angustiante que acomete o homem. Considerada quase que exclusivamente de origem psicogênica até a década de 80, o melhor entendimento da fisiologia da ereção, bem como de sua fisiopatologia possibilitaram identificar causas orgânicas responsáveis por essa condição, que hoje sabemos serem muito mais freqüentes do que imaginávamos. Apesar de ser uma desordem benigna, esta disfunção pode interferir com a saúde física e psicossocial do paciente e/ou sua (seu) parceira (o), impactando de forma significativa na sua qualidade de vida. No Brasil, um estudo revelou que a DE acomete 45,1% dos homens adultos, em algum grau. Estima-se que, atualmente, cerca de 25 milhões de homens brasileiros com mais de 18 anos de idade sofram de algum grau de disfunção erétil e que 45% destes tenham disfunção moderada ou grave, mostrando que essa condição deve ser considerada um problema de saúde pública importante em nosso meio. Nesta revisão de literatura, pretendemos rever e expor os principais conceitos que envolvem o tema disfunção erétil, possibilitando ao médico generalista uma forma prática de abordagem diagnóstica e terapêutica dos que sofrem dessa doença.

Introdução

A disfunção erétil (DE), outrora denominada erroneamente de impotência sexual, é um problema bastante comum e angustiante que acomete o homem. Considerada quase que exclusivamente de origem psicogênica até a década de 1980, passou a ser mais extensamente estudada, de forma que o entendimento da fisiologia da ereção, bem como de sua fisiopatologia, possibilitaram identificar causas orgânicas responsáveis por essa condição, favorecendo a descoberta de novos recursos utilizados para seu tratamento.

Várias definições de disfunção erétil já foram descritas. Atualmente, pode ser definida como a incapacidade persistente do homem atingir e/ou manter a ereção peniana o suficiente para a penetração ou para o término do ato sexual de maneira satisfatória(1). Apesar de subjetiva, esta definição envolve dois aspectos: ereção peniana insatisfatória, seja pela falta de rigidez, pelo exíguo tempo de ereção ou pela baixa freqüência de ocorrência das ereções, e dificuldade para realizar atividades sexuais (como a penetração, por exemplo).

Apesar de considerada desordem benigna, esta disfunção pode interferir com a saúde física e psicossocial do paciente e/ou sua(seu) parceira(o), impactando de forma significativa na qualidade de vida(2). Está relacionada a baixa auto-estima, dificuldade de relacionamento social e maior tendência a relacionamentos extraconjugais. Associa-se também com menor freqüência de relações sexuais e maior incidência de ejaculação rápida e falta de libido(3).

Alguns estudos epidemiológicos recentes evidenciam alta prevalência e incidência de disfunção erétil em todo o mundo, assim como sua associação direta com o envelhecimento(4). Um destes estudos revelou que, no Brasil, a DE acomete 45,1% dos homens em algum grau(2). Com o avançar da idade, observa-se maior número de homens acometidos e uma tendência a formas de apresentação mais graves. Entre 18 e 39 anos, 32% dos brasileiros têm disfunção erétil mínima, 10,3% moderada e 1,1% completa (impotência). Acima dos 70 anos há 21,1% de disfunção erétil mínima, 35,1% moderada e 12,3% de disfunção completa(2).

Estima-se que, atualmente, cerca de 25 milhões de homens brasileiros com mais de 18 anos de idade sofram de algum grau de disfunção erétil e que 45% destes tenham disfunção moderada ou grave, mostrando que essa condição deve ser considerada um problema de saúde pública importante em nosso meio(5-7). Resultados do primeiro estudo prospectivo sobre sua incidência em homens brasileiros sugerem que cerca de um milhão de casos novos aparecem a cada ano em homens de 40 a 70 anos de idade(8).

Estes dados epidemiológicos são comparáveis às estatísticas internacionais. O primeiro estudo epidemiológico de larga escala, Massachusetts Male Aging Study (MMAS), demonstrou prevalência de 52% de disfunção erétil em homens de 40 a 70 anos em Boston, nos Estados Unidos. Neste estudo, os autores encontraram 17,2%, 25,2% e 9,6% de disfunção erétil mínima, moderada e completa, respectivamente(1).

Baseados nesses estudos epidemiológicos, podemos observar que:

· A prevalência da DE é bastante elevada no homem idoso, afetando aproximadamente 50% dos homens acima de 60 anos. Em muitos casos, ela se manifesta na quinta década de vida, aumentando sua freqüência e gravidade após os 60 anos(9-11)
· A incidência e prevalência da disfunção erétil estão associadas à presença de fatores de risco e comorbidades, particularmente doenças cardiovasculares, diabetes mellitus e síndrome metabólica (obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolemia). Portanto, a modificação do estilo de vida é medida efetiva para melhorar não apenas a função erétil, como a saúde em geral. Mais recentemente, a depressão e sintomas miccionais foram incluídos na lista de comorbidades que se relacionam com a disfunção erétil(12).

Etiologia e fatores de risco

Ainda que o declínio da atividade sexual masculina seja considerado um fenômeno natural e esperado, a presença de DE como queixa clínica deve ser valorizada no interrogatório médico, diagnosticada apropriadamente e tratada. Psiquiatras, urologistas, endocrinologistas, cardiologistas e geriatras são os especialistas que mais freqüentemente se deparam com o homem com DE.

O fenômeno da ereção se dá através de mecanismo neurovascular dependente de controle hormonal no qual estão envolvidos dilatação arterial, relaxamento da musculatura lisa trabecular e ativação do mecanismo venoclusivo(13). Dentre as diversas causas de DE podemos citar as de origem neurogênica, hormonal, vascular, farmacogênica, psicogênica, secundária a doenças crônicas e iatrogênicas (radioterapia e cirurgias pélvicas)(4).

Fatores de risco vêm sendo identificados com base no conhecimento da fisiologia da ereção. Já está bem definido que a DE compartilha os mesmos fatores de risco que as doenças cardiovasculares, como sedentarismo, obesidade, tabagismo, hipercolesterolemia e a síndrome metabólica(1). Muitos destes estão relacionados ao estilo de vida e podem ser modificados, diminuindo o risco de desenvolver DE, tais como atividade física regular, redução de peso e controle da obesidade(14,15).

Diagnóstico

A atual disponibilidade de drogas orais seguras e efetivas para DE, associada ao grande interesse da mídia nessa situação têm resultado no aumento do número de homens que procuram ajuda médica. Muitos médicos, sem o conhecimento teórico adequado, assim como com pouca experiência clínica no diagnóstico e tratamento dessa desordem estão envolvidos com o tratamento da DE. Nessas circunstâncias, a doença de base que causa o sintoma (DE) pode permanecer sem tratamento. Fatos como esses tornaram necessário o desenvolvimento de diretrizes clínicas para o diagnóstico e tratamento de DE(1).

Avaliação básica
A história médica e psicológica detalhada dos pacientes e parceiras deve sempre ser considerada como o primeiro passo na avaliação da DE(16,17). Ela poderá revelar algumas desordens que comumente estão associadas à fisiopatologia da DE, conforme mostra a Tabela 1(18).

O profissional deve, sempre que possível, envolver a(o) parceira(o) nas consultas, na importante tentativa de criar um elo de confiança entre todos, facilitando a compreensão do problema e a estratégia terapêutica a ser empregada. Caso isso não ocorra no primeiro contato, esforços devem ser feitos para atrair a(o) parceira(o) nas próximas visitas.

História sexual
Deve incluir informações sobre relações sexuais pregressas e atuais, estado emocional em que o indivíduo se encontra, época de início e duração dos problemas relacionados à ereção, assim como todos os tratamentos prévios. Detalhes sobre a qualidade da ereção, seja matinal ou no intercurso sexual. Dados relacionados à duração e rigidez devem ser obtidos. Da mesma forma, devem ser investigados problemas relacionados com orgasmo e ejaculação. Sendo assim, para se obter uma idéia objetiva da dimensão da disfunção, pode-se lançar mão de questionários validados e utilizados mundialmente, como o Índice Internacional de Função Erétil (IIFE), que pode ser útil na escolha do tratamento.

Exame físico
Dar-se-á atenção especial aos órgãos geniturinários e aos sistemas endócrino, vascular e nervoso(16). Podem ser detectadas alterações que muitas vezes passam despercebidas pelo próprio paciente, tais como doença de Peyronie, hiperplasia prostática benigna ou câncer de próstata, da mesma forma que sinais compatíveis com hipogonadismo(17). Todos os homens com DE devem ser submetidos a toque retal, tanto para avaliação prostática quanto para a pesquisa de tônus anal que eventualmente podem ser um indicativo de lesão neurológica quando diminuído.

Exames laboratoriais
Devem ser solicitados, direcionados pela queixa clínica e fatores de risco conhecidos porém, todos os pacientes com DE deverão realizar dosagem de glicemia de jejum, colesterol e triglicérides séricos, caso não o tenham feito nos 12 meses anteriores. Avalia-se, ainda, a testosterona sérica total (colhida de amostra matinal). Sempre que possível, deve-se dar preferência à testosterona livre calculada, baseando-se no nível de SHBG (proteína ligadora dos hormônios sexuais), por ser mais fidedigna na detecção de casos de hipogonadismo. Caso sejam confirmados níveis subnormais de testosterona, dever-se-á obter a dosagem hormonal adicional de prolactina, hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), para melhor esclarecimento. Na suspeita de câncer de próstata e em todos os homens com 45 anos ou mais, deve-se solicitar a dosagem do antígeno prostático específico (PSA).

O fluxograma para avaliação básica do paciente com DE está apresentado na Figura 1.


Testes especiais
Existem situações especiais em que se torna necessária uma avaliação especializada do paciente com DE. Tais testes são pouco utilizados na prática clínica.

a. Tumescência e rigidez peniana noturna (TRPN)
Cada vez menos utilizado, tem como principal objetivo a diferenciação entre DE orgânica e psicogênica, sendo considerado método útil frente a pacientes jovens, tratados para DE sem obter resultados(4).

Consiste na utilização de aparelho eletrônico adequado (RigiScanTM) para aferição da tumescência e rigidez por pelo menos por duas noites consecutivas. Havendo ereção com no mínimo 60% de rigidez registrada na ponta do pênis, com duração igual ou superior a dez minutos, deverá ser considerada como indicativa de mecanismo funcional de ereção(19).


Figura 1 - Estratégia diagnóstica na avaliação da disfunção erétil(1).

b. Teste de ereção fármaco-induzida (TEFI)
Oferece informação limitada com relação à saúde vascular peniana. A positividade do teste é definida como ereção rígida, podendo ser aferida de forma subjetiva pelo médico e/ou paciente ou por meio da utilização do RigiScanTM (4). Dez(1) ou vinte minutos(4) após a administração oral de 5 mg de diazepam, faz-se injeção intracavernosa de 10mcg de prostaglandina E1 e 1mg de fentolamina, associada a estímulos eróticos visuais (vídeos, revistas), podendo ser repetida a injeção com dose mais alta de prostaglandina e fentolamina (15 mcg e 1,5 mg) associadas com papaverina (30 mg) caso a ereção não tenha sido total(4).

A presença de ereção rígida significa que o sistema caverno-venoclusivo é normal, porém o contrário pode não ser verdadeiro. Foi demonstrado que o uso de nicotina pode inibir resposta erétil à papaverina em homens normais(20).

Nos casos em que o TEFI mostrar-se inconclusivo, prossegue-se a investigação com a utilização de ultra-sonografia com duplex-scan das artérias penianas.

c. Ultra-sonografia com "duplex-scan" das artérias penianas
Consiste em aferir a pressão da artéria dorsal do pênis em repouso e após exercício com bicicleta ergométrica. O índice pênis-braço (pressão da artéria dorsal do pênis dividida pela pressão da artéria radial) é considerado normal se acima de 0,7 e patológico se abaixo deste valor(22). Em caso de normalidade do estudo com duplex, não há necessidade de prosseguimento com investigação vascular(1).

d. Arteriografia com cavernosografia/cavernosometria
Este exame é utilizado para a confirmação diagnóstica da DE de etiologia vascular com possibilidade de tratamento cirúrgico. Deve ser considerado exame de exceção. É o padrão-ouro para o diagnóstico de lesões arteriais(4), sendo aplicado principalmente em casos de DE congênita ou casos de trauma de bacia com sistema arterial íntegro(1).

e. Avaliação psicológica
Antes do início da entrevista, assegura-se ao paciente o sigilo ético de todas as informações contidas. Tal segurança permite que o paciente revele dados de sua intimidade sem riscos de perda da privacidade(4).

Na presença de distúrbios psiquiátricos, estes pacientes deverão ser acompanhados por psiquiatras com experiência em DE. Pacientes jovens (menos de 40 anos de idade) com quadro sugestivo de DE primária devem ser submetidos a avaliação psicológica pormenorizada antes de qualquer tratamento orgânico(1).

Neste momento, tenta-se identificar e classificar as queixas sexuais do paciente. No caso da DE e do descontrole ejaculatório, é necessário tentar entender se esta queixa é primária, secundária ou situacional, para se compreender também se este problema se refere à dificuldade de obter ou manter a ereção. Busca-se conhecer o desenvolvimento dos históricos afetivo, familiar, sexual e emocional, devendo dar importância ao histórico de contato com amigos da mesma idade. É possível a identificação de transtornos associados, como a falta total ou parcial de desejo sexual, podendo existir correlação com seu desempenho na vida profissional.


Figura 2 - Fluxograma de tratamento da disfunção erétil(1).

Tratamento

O manejo inicial objetiva identificar e tratar causas ou fatores etiológicos potencialmente tratáveis. Está bem estabelecida a associação da disfunção erétil com alguns fatores reversíveis ou modificáveis, incluindo hábitos de vida e uso de determinadas medicações. Tais fatores devem ser remanejados simultaneamente com a instituição de medidas terapêuticas específicas. Os benefícios das modificações no estilo de vida e fatores de risco se aplicam especialmente em pacientes com DE e comorbidades cardiovasculares ou metabólicas, como sedentarismo, diabetes mellitus, dislipidemia e hipertensão arterial(22-24).

Geralmente, a disfunção erétil não pode ser curada, mas sim controlada de maneira satisfatória. Deve-se estabelecer uma estratégia de tratamento que depende não apenas da eficácia e segurança, como também do custo e, principalmente, da preferência e grau de satisfação do paciente e de sua(seu) parceira(o). A maioria dos homens é tratada com medidas não específicas (Figura 2).

Das causas ditas potencialmente curáveis, a de origem hormonal é considerada a principal. A deficiência de testosterona pode ser resultante de falência testicular primária ou secundária a tumores pituitários ou hipotalâmicos. A avaliação endócrina é indispensável nesses casos. A reposição de testosterona (intramuscular, oral ou transdérmica) é efetiva e está indicada quando outras causas de falência testicular forem afastadas. Essa reposição deve ser feita com cautela em pacientes com história de prostatismo, de forma que um exame digital retal e um teste de PSA devem preceder o início da reposição hormonal(25).

Outra causa tratável é a DE arteriogênica pós-traumática, que incide especialmente na população jovem vítima de trauma perineal ou pélvico. Nesses casos, a cirurgia de revascularização peniana está associada a índices de 60% a 70% de sucesso em longo prazo em restabelecer a função erétil(1).

As modalidades específicas de tratamento da disfunção erétil se classificam em:

· Terapias de primeira linha:
- Farmacoterapia oral
- Psicoterapia sexual
· Terapias de segunda linha:
- Injeções intracavernosas
- Dispositivo a vácuo
· Terapias de terceira linha:
- Prótese peniana.

Terapias de primeira linha

Farmacoterapia oral

1. Inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE5)

São enzimas responsáveis pela degradação enzimática das formas biologicamente ativas de guanosina monofosfato cíclico (GMPc) e de adenosina monofosfato cíclico (AMPc) em moléculas inativas de GMP e AMP. Dessa forma, no corpo cavernoso, a inibição da PDE5 leva ao aumento da concentração intracelular de GMPc, provocando maior relaxamento da musculatura vascular lisa, facilitando a ereção peniana(26). É importante o conceito de que esses medicamentos não são indutores de ereção, mas sim facilitadores, desde que na presença de estímulo sexual.

Atualmente, quatro potentes inibidores da PDE5 estão liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para consumo no Brasil: sildenafila (Viagra®), tadalafila (Cialis®), vardenafila (Levitra®, Vivanza®) e Iodenafila (Helleva®).

a. Sildenafil (Viagra®)
Lançado em 1998, foi o primeiro medicamento oral de efeito sistêmico eficaz e bem tolerado no tratamento de pacientes com DE. Estudos farmacocinéticos demonstraram que a concentração plasmática máxima do sildenafil é atingida uma hora após a ingestão e que sua meia-vida é de aproximadamente quatro horas. É comprovadamente efetivo (ereção com rigidez suficiente para a penetração) após 30 a 60 minutos da administração. Sua eficácia é reduzida com ingestão simultânea de alimentos altamente gordurosos, devido à lentificação de sua absorção.

Estudos demonstraram que a taxa de sucesso de sildenafil em população não selecionada foi de 68% a 71%(27). Um estudo dose-resposta mostrou, após 24 semanas de tratamento, ereções efetivas em 56%, 77% e 84% em pacientes tratados com 25, 50 e 100 mg de sildenafil, respectivamente, comparado a 25% de resultado positivo em homens recebendo apenas placebo(28). Tais resultados são semelhantes aos encontrados em estudos clínicos controlados.

Estão disponíveis apresentações de 25, 50 e 100 mg. Recomenda-se uma dose inicial de 25 mg ou de 50 mg, a qual deve ser remanejada de acordo com a resposta do paciente e efeitos colaterais. A eficácia é mantida por aproximadamente 12 horas (29). Os efeitos adversos são mínimos e geralmente autolimitados.

b. Tadalafil (Cialis®)
O tadalafil é também um inibidor altamente seletivo da PDE5, que vem apresentando resultados bastante promissores em estudos clínicos. Pesquisas de farmacocinética demonstraram que o medicamento é efetivo a partir de 30 minutos de sua administração e seu pico de ação se dá com duas horas. Sua meia-vida é de 17,5 horas, mas sua eficácia se mantém por 36 horas(30).

Recomenda-se o início do tratamento com dose de 10 mg, ou meio comprimido, que deve ser remanejada de acordo com a resposta do paciente e os efeitos colaterais. Em estudo recente, com 179 pacientes, observaram-se taxas de sucesso de 45,7%, 61,7%, 69,8% e 70,2%, com doses de 2, 5, 10 e 25 mg, respectivamente, resultado comparado com 35% em pacientes recebendo placebo(31,32). O tadalafil é sabidamente mais eficaz em facilitar a ereção em subgrupos de difícil tratamento (diabéticos, prostatectomizados)(33,34).

Da mesma forma que o sildenafil, os efeitos adversos são mínimos e geralmente autolimitados com o uso contínuo(35). O tadalafil é 780 vezes mais seletivo para a PDE5 do que em relação à PDE6 (localizada na retina). Nos estudos já realizados não foram relatadas alterações visuais decorrentes do uso dessa droga.
A alimentação, bem como o consumo de álcool não exercem efeito deletério sobre sua eficácia.

c. Vardenafil (Levitra®, Vivanza®)
O cloridrato de vardenafil é outro inibidor seletivo da PDE5. Estudos clínicos multicêntricos internacionais já mostraram resultados satisfatórios. Pesquisas farmacológicas demonstraram resultados farmacocinéticos muito semelhantes aos obtidos com o sildenafil. É efetivo após 30 minutos da administração e sua absorção também é influenciada pela alimentação gordurosa.

O vardenafil está disponível nas apresentações de 5, 10 e 20 mg. Recomenda-se que o tratamento comece com 10 mg. Os efeitos adversos são leves e autolimitados com a continuação do tratamento.
Um estudo dose-resposta mostrou que o vardenafil melhorou a ereção em 66%, 76% e 80% de homens recebendo 5, 10 e 20 mg, respectivamente, após 12 semanas de administração(36).

d. Iodenafil (Helleva®)
O carbonato de iodenafil é uma pró-droga que no organismo libera seu metabólito ativo, o iodenafil, um inibidor seletivo da PDE5 que apresenta propriedades farmacocinéticas lineares nas doses de 40, 80 e 160 mg, indicando comportamento dose-dependente.
Lançado em 2007, durante o 31º Congresso Brasileiro de Urologia, possui uma molécula original desenvolvida inteiramente no Brasil. Dados fornecidos pelo laboratório detentor de sua patente mostram que seu início de ação se dá após 17 a 20 minutos e seu tempo de ação é de até 18 horas. Sua eficácia não é influenciada pela ingestão de alimentos ou álcool(37).

e. Escolha do inibidor de fosfodiesterase-5
Até a presente data não existem estudos duplo ou triplo-cegos multicêntricos comparando a eficácia e/ou preferência do sildenafil, tadalafil, vardenafil ou iodenafil. Os pacientes devem ser informados sobre os efeitos (início e duração de ação) e possíveis desvantagens de cada droga. Deve-se considerar, ainda, a freqüência de intercurso sexual e a experiência pessoal.

Para considerar falha terapêutica com uma dessas medicações, cada droga deve ser administrada por pelo menos quatro vezes antes de trocá-la por outro inibidor da PDE5.

f. Segurança cardiovascular
Estudos clínicos demonstraram que sildenafil, tadalafil, vardenafil e iodenafil não aumentaram a incidência de infarto do miocárdio nem alteraram negativamente o tempo de exercício ou tempo de isquemia em teste de esforço de pacientes portadores de angina estável(27,28,32).

g. Interação medicamentosa
· Nitratos orgânicos (nitroglicerina, mononitrato de isossorbida, dinitrato de isossorbida): são contra-indicações absolutas ao uso conjunto com inibidores da PDE5. Eles resultam em acúmulo de GMPc e quedas imprevisíveis na pressão arterial, levando a sintomas de hipotensão. Em uma situação na qual um usuário de inibidor da PDE5 desenvolve dor precordial, o uso de nitrato deve ser postergado por pelo menos 24 horas, caso o medicamento usado tenha sido o sildenafil, o vardenafil ou o iodenafil e 48 horas no caso do tadalafil. Nesses casos, outros antianginosos devem ser usados até o fim deste intervalo de tempo.
· Anti-hipertensivos: não se observa interação medicamentosa significativa entre os anti-hipertensivos usuais e os inibidores da PDE5, mesmo em usuários de associações de múltiplas drogas.
· Alfa-bloqueadores: todos os inibidores de PDE5 interagem em algum grau com drogas alfa-bloqueadoras, o que, em certas condições, pode resultar em hipotensão ortostática. Esse efeito não é observado quando o alfa-bloqueador em questão é a tansulosina (alfa 1 A - específico). O tadalafil (Cialis®) é contra-indicado em usuários de alfa-bloqueadores, exceto com a tansulosina(38).
· Necessidade de ajuste da posologia: certas drogas podem inibir o metabolismo dos inibidores de PDE5, como o cetoconazol, itraconazol, eritromicina, claritromicina e alguns anti-retrovirais (ritonavir, saquinavir). Esses agentes podem aumentar o nível sérico dos inibidores de PDE5, o que exige menor dose de administração. Ao contrário, rifampicina, fenobarbital, fenitoína e carbamazepina podem acelerar o metabolismo dos inibidores de PDE5, exigindo maior dose de administração. Lembrar que insuficiência renal e disfunção hepática severa também podem requerer ajuste na dose desses medicamentos.

2. Outros fármacos orais
· Antagonistas alfa-adrenérgicos (ioimbina, fentolamina): estudos randomizados evidenciaram que a eficácia (ereção suficiente para o intercurso) da ioimbina é semelhante a do placebo em pacientes com DE de origem orgânica(39). Já a fentolamina se mostrou eficaz em 50% dos usuários(40). No entanto, devido à sua modesta eficácia e ao escasso número de trabalhos na literatura demonstrando seu valor, a fentolamina foi retirada do arsenal terapêutico para tratamento de DE.
· Trazodona: é uma medicação antidepressiva que bloqueia a recaptação da serotonina, que pode apresentar algum papel facilitador na ereção peniana. Relatos de aumento da libido e da função sexual com essa droga levaram ao uso empírico da trazodona no tratamento da DE. Os resultados da literatura são conflitantes: da mesma forma que a ioimbina, possui eficácia comparada a do placebo nas disfunções eréteis de causas orgânicas(40).
· Apomorfina: diversos estudos já demonstraram claramente sua baixa eficácia quando comparada aos inibidores de PDE5(42). Atualmente, apesar de não estar aprovada para uso nos Estados Unidos, alguns países têm indicado seu uso em DE psicogênica, principalmente quando há contra-indicação ao uso dos inibidores da PDE5, como o uso de nitrato(43).

Psicoterapia
A psicoterapia está indicada na maioria dos casos de disfunção erétil de origem não orgânica, tanto como monoterapia quanto em associação com medicações facilitadoras da ereção. É um método que exige tempo relativamente prolongado de tratamento e está associado a resultados variáveis(44).

Terapias de segunda linha

Injeção intracavernosa

Alprostadil (Caverject®) - a injeção intracavernosa de drogas vasoativas foi, por mais de 20 anos, o tratamento padrão para disfunção erétil. Atualmente, o alprostadil, um análogo de prostaglandina, é o único medicamento aprovado para injeção intracavernosa.

Observa-se ereção de 5 a 15 minutos após a aplicação. A duração de ação depende fundamentalmente da dose injetada. A eficácia relatada é superior a 70% e o índice de satisfação gira em torno de 90% a 93%(45). Um dos motivos de insatisfação é a forma de aplicação, o que tem sido parcialmente controlado através do desenvolvimento de mecanismos que atenuam a tensão deste procedimento, como a caneta automática, que evita que o paciente veja a agulha de punção.
Complicações da injeção intracavernosa incluem: dor (50% dos pacientes), geralmente autolimitada ou minimizada pela adição de bicarbonato de sódio ou anestésico local ereção prolongada (5%), priapismo (1%) e fibrose (2%). Contra-indicações ao uso são o antecedente de priapismo, hipersensibilidade ao alprostadil e presença de discrasia sangüínea.
Apesar de eficaz, a terapia intracavernosa está associada a alto índice de abandono do tratamento (40% a 68%)(46).

A terapia intracavernosa é considerada modalidade de segunda linha, devendo ser oferecida a pacientes não responsivos ao tratamento oral. Nesses casos há 85% de sucesso no tratamento da DE(47).

Dispositivo a vácuo
Este dispositivo induz um ingurgitamento passivo dos corpos cavernosos e em seguida, com a aplicação de um anel de borracha ou de silicone na base do pênis, retém o sangue no interior dos corpos cavernosos, mantendo o pênis ereto.
Sua eficácia é de aproximadamente 90%, porém, nota-se grande variação no seu índice de satisfação, de 27% a 94%(48), o que está relacionado com alta taxa de abandono do tratamento nos primeiros três meses (65%).

Como principais efeitos adversos são citados: dor, incapacidade de ejaculação, petéquias, hiperemia e edema.

Este dispositivo não apresenta boa aceitação entre pacientes jovens, mas se deve considerá-lo como modalidade de escolha em pacientes idosos, bem orientados, que apresentem contra-indicações a modalidades mais invasivas de tratamento.

Terapias de terceira linha

Implante de prótese peniana

Os pacientes portadores de disfunção erétil de causa orgânica são os candidatos ideais para o implante de prótese peniana, especialmente quando outras modalidades terapêuticas foram mal-sucedidas, contra-indicadas ou rejeitadas pelo paciente. Pode ser também indicada nos pacientes que preferem uma resolução permanente para o seu problema e em casos de DE psicogênica refratária à terapia convencional, inclusive à psicoterapia bem conduzida, após período de 6 a 12 meses, na ausência de psicopatia, e por orientação do profissional de saúde mental(1,4).

O paciente precisa ser informado dos seguintes aspectos:

· É procedimento cirúrgico sujeito a complicações
· O procedimento é irreversível, na medida em que promove a destruição de tecido cavernoso
· A prótese resolve somente o problema da rigidez peniana, possibilitando a penetração. Não está relacionada à alteração da libido ou da qualidade do orgasmo, bem como não provoca aumento das dimensões penianas
· Está eventualmente relacionada à alteração da sensibilidade peniana
· A avaliação psicológica do paciente deve ser realizada com cautela, evitando-se criar excessivas expectativas quanto ao resultado. Por isso, recomenda-se evitar a indicação de implante de prótese em pacientes com alto nível de ansiedade, deprimidos ou com baixa auto-estima ainda não tratados.

Existem dois tipos de próteses disponíveis para implante peniano: prótese maleável (semi-rígida) e prótese inflável (de dois e três volumes). As próteses infláveis são as preferidas pelos pacientes, já que possuem um mecanismo de funcionamento mais fisiológico. As próteses maleáveis promovem rigidez constante do pênis, devendo ser consideradas principalmente em homens idosos com baixa freqüência de intercurso sexual(49). No entanto, devido ao alto custo das próteses infláveis, as próteses maleáveis são implantadas com maior freqüência em nosso meio.

Dentre as diversas modalidades de tratamento para DE, o implante de prótese peniana mostra um dos mais altos níveis de satisfação (70% a 87%)(50,51).

As principais complicações do implante de prótese peniana são a infecção e as complicações inerentes ao próprio procedimento. A incidência de infecção pode ser reduzida por meio de técnica cirúrgica cuidadosa e realização de profilaxia antibiótica contra bactérias gram-positivas e gram-negativas(52,53). Sabe-se que a incidência de infecção e erosão da prótese é maior em pacientes portadores de lesões medulares. O diabetes, apesar de estar associado a risco aumentado de infecção, não mostrou incidência aumentada de infecção da prótese. Diante do quadro de infecção se deve iniciar o antibiótico, remover a prótese e aguardar 6 a 12 meses para novo implante. Tem sido descrito tratamento em tempo único, com remoção, lavagem copiosa do corpo cavernoso e reimplante simultâneo, com taxas de sucesso de até 82%(54).

Conclusões

Uma grande revolução no tratamento da disfunção erétil, especialmente após o desenvolvimento dos inibidores da fosfodiesterase tipo 5, mudou ativamente a história da sexualidade, refletindo sobretudo na população de difícil tratamento (diabetes melitus, prostatectomizados). Em termos de estratégia de tratamento, os pacientes devem ser estimulados a experimentar todos os tipos de inibidores da PDE5 disponíveis. Para aqueles resistentes à farmacoterapia oral, ou quando há contra-indicação para ela, deve-se considerar a injeção intracavernosa, dispositivo a vácuo e, finalmente, implante cirúrgico de prótese peniana.

O progresso no tratamento da DE é incessante, de tal sorte que outras terapias são aguardadas para um futuro próximo, como inibidores mais específicos da PDE5, com ação mais prolongada, e a promissora terapia gênica. Na prática, tal terapia seria feita por meio de uma injeção intracavernosa periódica de um gene veiculado por um vírus, talvez anualmente, permitindo a produção aumentada de óxido nítrico de modo constante e previsível (55).


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sábado, 10 de janeiro de 2015

Um novo movimento chamado Nutrição Comportamental surge para ratificar que somos não somente o que comemos, mas como comemos, com quem comemos e por que comemos. A Nutrição Comportamental é o movimento da nutrição que inclui os aspectos fisiológicos, sociais e emocionais da alimentação, promovendo mudanças no relacionamento do nutricionista com seu paciente, acabando com o perfil controlador.
De acordo com os nutricionistas idealizadores, “o como se come - as crenças, pensamentos e sentimentos sobre comida - são tão ou mais importantes do que simplesmente o que se come”. O comportamento alimentar está diretamente relacionado com a nossa cultura, a sociedade em que vivemos, nossa relação com a comida, clima, ecologia, aspectos biológicos (idade e sexo) e econômicos.

Os seres humanos são animais onívoros, podendo consumir tanto alimentos de origem vegetal como de origem animal. No processo evolutivo da espécie, descoberta do fogo e confecção de instrumentos, passou a caçar e introduziu a agricultura, modificando a forma como o alimento inicialmente era obtido. Com a evolução tecnológica e aumento da população mundial, novas técnicas foram elaboradas para aumentar a produção e variedade dos alimentos (plantação, criação de animais, etc...).

Com tanta variedade alimentar, contraditoriamente começamos a restringir grupos alimentares, a ter medo dos alimentos. Nunca foi tão difícil chegar a um consenso do que é alimentação saudável. Mas saudável para quem? Temos muitas informações, linhas de pesquisas, tendências, estudos... mas há certo ou errado, mocinhos e vilões?

Não, não há mocinhos e vilões. O alimento isolado não tem todo este poder. Estaríamos sendo muito reducionistas se acreditássemos que somos apenas o que comemos e que nos alimentamos apenas para obter energia!

Segundo Claude Fishler, sociólogo francês: “comida não é só nutrientes, calorias, proteínas, vitaminas, etc. Existem regras que estão implícitas no ato de comer, que os comedores seguem sem ter consciência que estão seguindo, como as coisas que se pode comer ou não, as horas em que se deve comer, o número de refeições diárias, com quem se deve comer, qual a etiqueta que se deve seguir”.
Mulher alimentação saudável colesterol (Foto: Getty Images)Nutrição comportamental: aspectos sociais, emocionais e sociológicos da alimentação (Foto:Getty Images)

Em cada sociedade, a comida possui um simbolismo, como exemplo na Índia a vaca é sagrada e na China é comum comer cachorro e insetos.

Questionamos como os franceses são magros e têm baixa incidência de aterosclerose apesar da grande ingestão de gordura saturada, de beberem vinho, comerem queijos e pães. Segundo o psicólogo americano Paul Rozin, é preciso entender o valor que eles dão ao ato de comer: comem pequenas porções, não beliscam, valorizam o ato de comer (degustando e valorizando o prazer), comem em família e com amigos. Já os americanos comem porções maiores, realizam as refeições em carros ou andando, petiscam.

Além da grande oferta de alimentos, aumento da ingestão alimentar, comemos alimentos com densidade energética maior (mais calorias) e estamos gastando menos energia para realizar atividades básicas do dia a dia. Com o avanço tecnológico e melhora dos meios de transportes, estamos poupando mais energia.

Precisamos valorizar mais o ato de comer:

- Resgatar as refeições em família e com amigos;
- Mastigar mais lentamente os alimentos, permitindo que fiquem mais tempo na boca, gerando mais prazer e promovendo maior saciedade;
- Ingerir alimentos mais frescos, regionais e na safra (período de colheita, melhor qualidade nutricional e preço do alimento);
- Resgatar o ato de cozinhar.
Como nutricionista, meu papel é de grande ouvinte para negociar; melhorar a relação e o comportamento com a comida; elaborar um programa alimentar individualizado levando em conta preferências e aversões alimentares, aspetos clínicos, prática esportiva e estilo de vida; não julgar; introduzir todos os grupos alimentares; estimular a experimentar novos alimentos.
O paladar não é estático, podemos aprender a gostar dos alimentos, modificando a preparação, experimentando várias vezes. Precisamos nos acostumar com novas consistências e variações dos sabores amargo, doce e salgado. O ser humano é altamente adaptável, está pronto para constantes modificações, precisa apenas se permitir, querer mudar e experimentar novos sabores e prazeres.

Portanto, não existe a melhor dieta ou programa alimentar, mas aquele ao qual você melhor se adapta e que atende suas necessidades fisiológicas, biológicas, econômicas e emocionais.
Cris Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

- Atualizado em

Ceia saudável para o Natal tem nozes, salpicão leve e bacalhau com salada


Por Rio de Janeiro
Pratos tradicionais de fim de ano podem sim apresentar uma versão mais leve. Basta ouvir falar nessas festas para quem está de dieta ou com alguma restrição alimentar começar a se preocupar com o que pode comer durante esta época. Os mais saborosos pratos tradicionais em uma ceia são bastante gordurosos se tornando ainda mais calóricos, podendo gerar um ganho de peso bastante significativo pós-festas.
Porém não quer dizer que você não possa saborear as delícias destas festas, basta fazer algumas substituições tanto de ingredientes, quanto de alguns pratos por inteiro. Por exemplo, como aperitivos o ideal é consumir nozes, castanhas, pistache e amêndoas, pois são boas fontes de gorduras insaturadas que auxiliam no controle das taxas de colesterol. Frutas secas como figo, tâmara, ameixa e damasco também são opções de beliscos. São ricas em fibras e promovem a saciedade.
Nozes e castanhas euatleta (Foto: Getty Images)Nozes, castanhas e amêndoas são boas fontes para controlar as taxas de colesterol (Foto: Getty Images)
A castanha do Brasil também é uma excelente opção como petisco na ceia, apresenta boas doses de selênio que é um potente antioxidante. Este mineral  irá combater os radicais livres, contribuindo para o retardo do envelhecimento. Para que se mantenha a tradição dos pratos desta época de uma forma mais saudável, é importante também se evitar alimentos processados, dando sempre preferência para os alimentos in natura, de forma mais tradicional, frescos e de qualidade. Se programe para evitar de preparar aquela original ceia farta e calórica, porém não é necessário ficar somente a base de saladas a noite inteira.
Algumas alternativas saudáveis para cada prato de fim de ano são simples e viáveis de serem preparadas. Como entrada para a ceia, preparações como salpicão e saladas podem ser mais leves e saborosos. O típico salpicão preparado com maionese e batata palha, pode ser substituído por pasta de soja ou iogurte natural, suspendendo a batata para tornar o prato mais saudável.
Opte sempre pelo frango cozido ou grelhado com temperos caseiros para o preparo do salpicão, evite acrescentar presunto ou frango defumado. Ambos são ricos em aditivos químicos e temperos artificiais, além de muito sódio. As saladas de folhas e legumes podem ser utilizados sem cautela. Na salada de folhas cruas por exemplo, podemos adicionar sementes para dar um sabor especial tipo: sementes de abóbora, girassol e linhaça, aumentando ainda mais a sensação de saciedade.
Para o prato principal, procure retirar as carnes vermelhas, dando preferência para as carnes brancas, pois são menos calóricas. As carnes magras tipo frango orgânico e peixes, sendo assados ou cozidos, são as opções mais saudáveis sempre. Utilize condimentos como: gengibre, cúrcuma e pimenta para melhorar o paladar. Evite consumir o tender, é um embutido a base de carne com excesso de sal. O chester também deve ser banido, apesar de ser uma carne branca, enquanto animal, recebe uma quantidade alta de hormônios para favorecer o seu crescimento.
bacalhau com salada euatleta alimentação (Foto: Getty Images)Bacalhau com salada: uma boa opção de proteína com baixa quantidade gordura (Foto: Getty Images)
Esses hormônios são prejudiciais a saúde. O peru e o tender são outros tipos de carnes que devem ser evitadas pois já vem temperados com glutamato monossódico e outros aditivos químicos. Opte pelo frango assado. As carnes suínas tipo pernil não devem fazer parte do prato principal. Por ser uma carne de porco, apresenta muita gordura, substitua pelo lombo que é uma parte mais magra. O clássico bacalhau é uma boa opção de proteína com baixa quantidade de gordura. Prepare sempre com vegetais e um azeite de boa qualidade. Atenção aos hipertensos, cuidado com o excesso do bacalhau, é um peixe normalmente salgado.
Como sugestões para acompanhamento, evite frituras e carboidratos refinados. O arroz branco por exemplo é pobre em nutrientes, opte sempre pelo arroz negro, vermelho ou até mesmo por outros grãos como lentilha e grão de bico. Na farofa para ficar mais saudável, adicione legumes ou frutas. Ingredientes como presunto e bacon devem ser cortados pois tornam a farofa muito gordurosa. Bebidas mais saudáveis também devem fazer parte da sua ceia mais light.
Refrigerante certamente não está entre elas. Substitua por sucos como de uva integral, blueberry e de cranberry para manter o clima festivo. São bebidas fontes de antioxidantes, reduzem o colesterol, favorecem a proteção ao câncer e ao envelhecimento precoce. Ainda existem as águas aromatizadas com rodelas de frutas cítricas como laranja, limão ou morango.
É uma outra opção saudável e menos calórica. Sirva bem gelada e com pedaços de gengibre ou folhas de hortelã para dar mais sabor. A tradição natalina pode ser mantida sem culpa pelos excessos, porém estar com o máximo de excelência no seu modo de preparo.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / E
cê sabe qual é a diferença entre a margarina, a manteiga e o creme vegetal? Para mostrar qual alimento é ideal para quem deseja emagrecer ou tem colesterol total elevado, mostramos as características e também o teor gorduras e calorias, além da relação com a dieta. Confira abaixo:
Manteiga, margarina e creme vegetal euatleta (Foto: Getty Images)Manteiga, margarina e creme vegetal: nutricionista mostra as diferença entre elas (Foto: Getty Images)
Margarina - Feita principalmente à base de gordura vegetal com um pouco de gordura do leite (até 3%), teor de gordura em torno de 85%. Inicialmente continha maior proporção de gorduras trans produzidas na hidrogenação parcial. Estudos demonstraram alta correlação entre dietas ricas em gordura trans e doenças cardiovasculares. Atualmente, a grande maioria não passa pela fase de hidrogenação, não contendo gordura trans e foram adicionados fitosteróis e fitostanóis, alimentos funcionais por apresentar a característica de reduzir os níveis de colesterol total e LDL.
Creme vegetal - Feito apenas com gorduras vegetais, tem o teor de lipídios menor quando comparado à maioria das margarinas 42 a 68%. Se você quer emagrecer ou simplesmente precisa reduzir a ingestão de gorduras, essa é a melhor opção para passar no pão.
Manteiga - Feita de gordura de origem animal, leite de vaca, Possui 80% de gordura, lactose, água e sal. Rica em gordura saturada e colesterol, desta forma deve ser consumida com bastante moderação. Ela também é rica em vitamina A.
Manteiga Ghee - Manteiga clarificada muito utilizada na cultura indiana. Suporta altas temperaturas (até 190 graus). É preparado através do cozimento lento da manteiga, que irá formar uma espuma que deve ser retirada e o líquido que ficar ao fundo é a Ghee.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cris Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)
No mês de setembro 2014 aconteceu o “7th European Beer and Health Symposium” (7º simpósio europeu de cerveja e saúde), em Bruxelas, na Bélgica, e o Eu Atleta esteve lá. Cientistas Europeus mostraram os benefícios do uso moderado e dos ingredientes contidos nos diferentes tipos de cervejas (cada cereal com sua propriedade) e efeitos na saúde.
De acordo com a nutricionista inglesa Kathryn O’Sullivan, estudos científicos derrubaram o mito da “barriga de cerveja” quando ela é consumida com moderação. O excesso de ganho de peso e o acúmulo de gordura abdominal é consequência da ingestão excessiva de calorias, um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético (maior ingestão calórica e menor gasto energético).
A cerveja é composta por água, malte de cevada ou outros cereais, lúpulo e levedura de cerveja. Existe grande variedade de cervejas no mundo, variando a matéria-prima (tipo de cereal), processo de fabricação, composição e teor alcóolico. Contém diversas vitaminas e fibras.
Segundo a pesquisadora Rosa Lamuela (Universidade de Barcelona), a cerveja contém mais de 70 tipos de compostos polifenóicos (flavonoides: catequinas e epicatequinas) onde 70 a 80% são provenientes do malte e 20 a 30% do lúpulo. Possuem ação antioxidante e anti-inflamatória, oferecendo efeitos benéficos na redução do risco de doenças cardiovasculares, na pressão arterial, lipídeos séricos, resistência à insulina e marcadores inflamatórios.
Confira a quantidade de polifenóis em cada bebida:
- Cerveja 330 ml = 92 mg
- Vinho branco 150 ml = 48 mg
- Vinho tinto 150 ml = 300 mg
A ingestão moderada de até 30g de álcool\dia, não tem correlação com aumento da gordura abdominal, apenas o consumo maior do que 48g de alcool\dia de qualquer bebida alcóolica tem correlação positiva com aumento da circunferência abdominal.
Estudo romeno, apresentado pela Dra. Corina Zugravu, confirmou que não há relação entre circunferência abdominal e consumo moderado de cerveja. O aumento da circunferência abdominal e do Índice de massa corporal (IMC) está relacionado com o consumo excessivo de qualquer tipo de bebida alcóolica.
O consumo moderado de cerveja, 330ml para mulheres e 660ml para homens, associado à prática esportiva, alimentação equilibrada e abandono do tabagismo pode fazer parte de um estilo de vida saudável. O importante é ter MODERAÇÃO.
Comparação do valor calórico da cerveja em relação ao vinho:
- 330 ml cerveja (4% teor alcóolico) = 112 calorias
- 175 ml de vinho tinto (13% teor alcóolico) = 139 calorias
- 175 ml de vinho branco (11,8% teor alcóolico) = 130 calorias
A DIFERENÇA ENTRE O ANTÍDOTO E O VENENO É A DOSE
Cris Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Suplemento de proteína: quando consumir e qual tipo é o melhor

Concentrado, isolado, hidrolisado, de carne... Crescente e variada oferta de produtos nas prateleiras confunde os consumidores na hora da escolha.

Por Rio de Janeiro
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shake de proteína chocolate eu atleta (Foto: Getty Images)Shakes de proteína viram febre nas academias (Foto: Getty Images)
Queridinho dos atletas e da turma da malhação, a proteína se tornou um item indispensável na dieta. Porém há muito essa substância não é somente consumida na sua forma natural, através da ingestão de carnes, leites, queijos e outros alimentos de origem animal. O aumento dos treinos exigiu também o crescimento do consumo de proteínas, e é onde entram os suplementos. Conhecidos inicialmente pelos atletas, os suplementos de proteína logo invadiram as academias e hoje são uma febre.
Seguindo o ritmo do consumo, a variedade também aumentou. Mas você sabe a diferença entre eles? Os produtos novos geralmente são mais caros e, por consequência, é comum que as pessoas concluam que a qualidade ou o funcionamento é melhor. Mas será que essa lógica está certa?
Antes de tomar qualquer decisão, conheça os tipos de suplementos de proteínas vendidos no Brasil e como eles funcionam.
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Tipos de suplementos de proteína
caseína
Corresponde a cerca de 80% da proteína do leite (os outros 20% são whey) e é rica em aminoácidos como a glutamina, que auxilia no aumento muscular, e a arginina, conhecida como percursora da liberação natural do hormônio do crescimento (hGH).
Absorção: como forma uma espécie de gel no intestino é o suplemento de proteína de mais lenta absorção. A caseína leva de 5 a7 horas para ser ingerida, o que pode ser considerado positivo porque mantém os músculos nutridos por um longo período, evitando assim o catabolismo proteico, o estado em que ocorre a perda de músculos.
albumina
Este suplemento é composto pela clara do ovo desidratada. É uma fonte de proteína baixo custo e boa qualidade, já que é rica em aminoácidos essenciais, os BCAAs, responsáveis por aumentar a energia e ajudar na reconstrução muscular. Até o surgimento da proteína whey, a albumina era suplemento mais consumido entre pessoas que buscavam o aumento de massa muscular. Rica em vitaminas do complexo B, potássio, fósforo e ferro, a albumina auxilia no metabolismo e ajuda na manutenção de peso, já que é de absorção lenta, o que prolonga o processo digestivo e, consequentemente, aumenta a saciedade.
Absorção: apesar de ser absorvida mais rapidamente do que a caseína, ainda é bem mais lenta do que a proteína whey.
soja
A proteína da soja é uma boa opção para quem prefere uma fonte de proteína vegetariana. Ela contém glutamina, que ajuda na recuperação após o treino; arginina, que dilata os vasos sanguíneos e, consequentemente, permite que os nutrientes cheguem mais rapidamente aos músculos; e BCAA. Além disso, a proteína da soja tem antioxidantes, que ajudam da reconstrução muscular, e isoflavona que ajuda a manter o colesterol saudável e aumenta a produção do hormônio da tireoide, que por consequência acelera o metabolismo. Existe em três formas:
- Concentrada: contém 65% das proteínas presentes nos grãos da soja.
- Isolada: é feita das sementes da soja, o que garante 90% de proteína e zero de carboidratos.
- Texturizada: é feita a partir da proteína de soja concentrada e também é conhecida como “carne de soja”, está disponível na forma granulada e em pedaços.
Absorção: como essa proteína tem mais fibras, sua absorção é mais lenta do que a do whey, mas ainda assim é bem mais rápida do que a absorção da albumina e da caseína.
whey
É a proteína do soro do leite extraída durante o processo de transformação do leite em queijo. É a fonte mais concentrada de aminoácidos essenciais - alta concentração de glutamina e BCAA -, sem a adição de colesterol. Como essa proteína é extraída do soro do leite, o teor de água é muito alto. Para diminuir essa quantidade e aumentar a taxa de proteína é necessária uma nova filtragem, que separa essa proteína em outros três tipos:
- Concentrada (WPC): geralmente a mais barata, pois passa somente por um processo simples de filtragem. O resultado é uma porcentagem de cerca de 80 de proteína e 20% divididos entre carboidratos e gorduras.
- Isolada (WPI): o processo maior de filtragem resulta em cerca de 95% de proteína. Os carboidratos e gordura podem chegar a zero em algumas marcas, o que o torna interessante para quem quer emagrecer.
- Hidrolisada (WPH): a superioridade da qualidade é acompanhada pelo preço, também entre os mais altos. Além do processo minucioso de filtragem que faz com que a concentração de proteína chegue a 92%, essa proteína é hidrolisada, ou seja, passa por um processo que decompõem as cadeias longas de proteínas em fragmentos menores, o que exige um trabalho muito menor do aparelho digestivo tornando este tipo de suplemento de proteína de mais rápida absorção.
Absorção: o peso molecular leve deste tipo de suplemento torna a absorção rápida e, por isso o suplemento é ideal para a primeira hora pós-treino quando corpo necessita dos nutrientes da proteína. O suplemento hidrolisado é o de mais rápida absorção.
carne
A proteína hidrolisada da carne é ideal para pessoas intolerantes à lactose, este tipo de suplemento oferece todos os benefícios da proteína da carne – os nove aminoácidos essenciais para o corpo - sem os malefícios das gorduras que a acompanham. O suplemento é rico em creatina, uma substância composta pelos aminoácidos arginina, glicina e metionina, que fornece energia para os treinos e ajudam na construção de massa muscular.
Absorção: tão rápida quanto a proteína whey hidrolisada.
objetivo
Conforme a nutricionista Cristiane Perroni, o que vai definir o tipo de suplemento ideal para cada pessoal é o objetivo, a frase de treinamento e que esta pessoa já está ingerindo através da alimentação.
- Não existe suplemento ideal para cada “tratamento” ou objetivo. Depois de analisar a alimentação do indivíduo, estilo de vida, modalidade esportiva, objetivos e fase do treinamento podemos escolher o suplemento que deve ser usado e definir a quantidade a ser consumida e em que momento – explica Cristiane.
Também é importante lembrar que a proteína não é um suplemento de efeito imediato, ou seja, é preciso de pelo menos um mês para avaliar a ação do produto no organismo.
quantidade
A quantidade recomendada para ingestão diária de proteínas é de cerca de 0,8g por kg de peso no caso de uma pessoa normal. Porém esse número varia conforme o biotipo do corpo, o treino que está sendo realizado e os objetivos de cada um.
- Para ganho de massa muscular o indicado é de 1,2 a 1,8g de proteína por kg de peso. Mas em todos os casos não se deve ultrapassar 25g de proteína por produto, pois o organismo absorve no máximo esta quantidade de proteína a cada 2 horas para a síntese proteica – alerta Cristiane.
Além de trazerem malefícios à saúde como sobrecarga renal e hepática, doses de suplementos de proteína superiores ao necessário podem engordar.
- Como não estocamos excesso de proteína na forma de músculos, o excesso de proteína é transformado em gordura, que é estocada no tecido adiposo – explica a nutricionista.
água x leite
- O suplemento proteico deve ser tomado com água e dependendo do objetivo pode ser adicionado ou não carboidratos como frutas ou maltodextrina – indica Cristiane.
shake e barra de proteína eu atleta (Foto: Getty Images)Suplementos para toda hora (Foto: Getty Images)
Segundo a nutricionista, o leite torna mais lenta a absorção do suplemento. E, seguindo esta lógica, não valeria a pena comprar suplementos de absorção rápida, que geralmente são mais caros, se a intenção é misturar com leite.
Pó, barra ou líquido?
A forma mais comum entre os suplementos de proteína é o , mas existe também produtos em barra e líquido. A forma como você vai consumir não interfere na funcionalidade, mas é preciso prestar atenção nos rótulos. Mesmo produtos da mesma linha podem contem quantidades e tipos diferenciados de suplementos em cada produto. Uma prática muito comum no caso das barras, por exemplo, é misturar mais de um tipo de suplemento de proteína.
As festas acabam e um novo ano se inicia. Tempo de mudanças e concretizar promessas. Com o exagero de comidas e bebidas, não espere a segunda-feira para começar a adotar melhores hábitos na sua alimentação.
Seu café da manha vai ser sempre sua prioridade, ele mantem seu metabolismo acelerado, ajudando a queimar as calorias extras.

Procure adotar uma rotina de alimentação comendo de três em três horas. Depois de tantos dias de exagero alimentar, nada de bebida alcoólica, refrigerantes e sucos cheios de açúcar. Hidrate bem o seu organismo com água, água de coco ou sucos naturais sem adoçar. Fuja também dos alimentos gordurosos, com excesso de sal e açúcar.

Entenda que as verduras, frutas e legumes não servem apenas para colorir sua alimentação e seu prato, devem ser incluídos na sua rotina alimentar diariamente.
Vegetais legumes euatleta (Foto: Getty Images)Verduras e legumes não servem apenas para colorir o prato, devem entrar na rotina (Foto: Getty Images)

Aumente a ingestão de farinhas ou farelos tipo: aveia, linhaça, chia, quinoa. São fontes de fibras, ajudam na melhora da função intestinal, auxiliam no emagrecimento, previnem o acúmulo do colesterol ruim. Passe a adotar esses alimentos no seu café da manhã ou lanche da tarde.
Sabemos que pão é pratico e gostoso, porem não o substitua por todas as refeições do dia. Pão em excesso engorda. Se ingerir, prefira sempre aqueles na versão integral.

Depois desta época de guloseimas em excesso, invista no suco detox. Ele vai ser um grande aliado na perda de peso, retenção de liquidos, eliminação de toxinas, uma faxina no seu organismo. Voce pode adotá-lo como um hábito diário em 2015.
Não tenha pressa para comer. Devagar e sempre, mastigando bem os alimentos. Pode parecer um habito sem muita importância, porem uma boa digestão e sinônimo de um corpo saudável. Respeite seu corpo.

Tome café sem exageros. No máximo duas xícaras por dia, o excesso pode prejudicar seu estômago e seu organismo de uma forma geral.

Junto com algumas mudanças de hábitos alimentares, pratique também uma atividade física. Mudanças de hábitos, inclusive na alimentação, devem também estar como prioridades para este novo ano.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Natália Oliveira (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)